Brasil
Presidente do INSS é demitido após operação da PF

O presidente do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi demitido pelo presidente Lula (PT) após operação da Polícia Federal que descobriu fraude que desviou cerca de R$ 1,3 bilhão de aposentados e pensionistas somente em 2023, considerada como movimentação atípica pela CGU.
Fraude bilionária no INSS
As investigações começaram em 2022 pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou movimentação suspeita na arrecadação de associações credenciadas na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O esquema foi alvo da Operação Sem Desconto, que investiga o desvio de dinheiro por meio de entidades que representam os aposentados e pensionistas sem a autorização deles.
Entidades investigadas
Ao todo, 23 entidades representativas dos associados são alvos da investigação da Polícia Federal, sendo elas: Ambec, Conaf, Contag, Caap e outras.
O montante descontado dos beneficiários foi de R$ 5,4 milhões no primeiro trimestre de 2024, sendo que a PF ouviu 1.273 pessoas que estavam na lista dos lesados no esquema, e que não haviam assinado nenhum acordo para desconto no pagamento.
Operação policial
Deflagrada nesta quarta-feira (23), a operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, além de bloqueio de bens dos suspeitos.
Alessandro é filiado ao PDT, sendo indicado para o cargo a pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. O desconto realizado na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas foi alvo de investigação do próprio presidente do INSS, que mudou a forma de contratos por meio de Acordos de Cooperação Técnica com associações.
Defesa do ministro
Mesmo com as medidas endurecidas para evitar fraudes, o esquema investigado pela PF continuou, o que justificou sua demissão da pasta pelo presidente Lula.
Para o ministro do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Alessandro é um servidor exemplar, e que não pretendia demiti-lo sem saber sobre as acusações contra ele, sob pena dele ser “queimado na fogueira” sem uma justa causa.
